Como o Pró-Labore Afeta o Seu Imposto de Renda: Guia Completo para Sócios e Empresários

Se você é sócio de uma empresa (Ltda, Eireli ou S/A) e recebe pró-labore, com certeza já se perguntou: “Quanto imposto eu realmente pago sobre isso e como definir o valor certo?”

Neste artigo vamos esclarecer tudo de forma simples, prática e atualizada para 2025.

1. O que é pró-labore e por que ele é obrigatório?

Pró-labore é a remuneração pelo trabalho efetivo que o sócio presta à empresa (administração, vendas, operação etc.). Diferente da distribuição de lucros, o pró-labore é obrigatório quando há prestação de serviço – decisão já pacificada pelo STF (RE 938.835).

Não retirar pró-labore quando você trabalha na empresa pode ser interpretado como omissão de receita.

2. Tributação do pró-labore em 2025

TributoQuem pagaAlíquota / Valor aproximado (2025)
IRPF (pessoa física)SócioTabela progressiva (0% a 27,5%) + carnê-leão mensal
INSS (parte do sócio)Sócio7,5% a 14% (teto R$ 992,31)
INSS patronalEmpresa20% sobre o valor do pró-labore
RAT + terceirosEmpresa~5,8% (depende do risco da atividade)

3. Pró-labore x Distribuição de lucros

Forma de retiradaTributação para o sócioÉ despesa para a empresa?
Pró-laboreIRPF + INSSSim (dedutível)
Distribuição de lucrosIsento de IRPF (regra geral brasileira)Não

A estratégia mais usada e aceita:

  • Definir pró-labore até o teto do INSS (R$ 7.786,02 em 2025)
  • Complementar a retirada com distribuição de lucros isenta

4. Valor ideal de pró-labore em 2025

Não existe “valor correto” universal, mas a prática segura costuma ser:

  • Mínimo: valor de mercado para a função ou pelo menos 1 salário mínimo
  • Mais comum e eficiente: entre R$ 6.000 e o teto do INSS (R$ 7.786,02)
  • Regra de ouro usada por contadores: pró-labore ≈ 28% a 40% do total que o sócio pretende retirar no ano

5. Erros que mais geram autuação

  • Não retirar pró-labore nenhum
  • Colocar valores simbólicos (ex: R$ 200) sem justificativa
  • Retirar tudo como “lucros” sem ter balanço contábil
  • Esquecer o carnê-leão mensal do IR
  • Achar que empresa no Simples Nacional não paga os 20% de INSS patronal (paga sim, exceto Anexo IV)

6. Checklist rápido

  • Fixar o valor do pró-labore no contrato social ou ata
  • Emitir holerite mensal
  • Recolher GPS (INSS) até dia 20
  • Pagar carnê-leão do IR todo mês
  • Só distribuir lucros após apuração contábil e pagamento de todos os impostos

Conclusão

O pró-labore bem planejado não é custo – é ferramenta de economia tributária e proteção previdenciária. O equilíbrio entre um pró-labore razoável (geralmente até o teto do INSS) e distribuição de lucros isenta pode reduzir a carga tributária total em até 40%.

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Até o próximo artigo! Equipe KeyCont

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